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Netanyahu deverá comparecer no início do seu julgamento no domingo, em Israel

Foto EPA
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O Ministério da Justiça de Israel lembrou hoje ao primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, que deverá comparecer no início do seu julgamento por corrupção em Jerusalém, no domingo.

A imprensa israelita deu esta semana conta de rumores segundo os quais o chefe do governo estava a pensar apresentar um pedido de exceção para não estar presente na abertura do julgamento.

Contactado hoje pela agência France-Presse, o advogado da família Netanyahu indicou ter discutido a questão com o Ministério da Justiça, mas não ter enviado um pedido ao tribunal.

Na sequência dos rumores nos ‘media’, o ministério divulgou um comunicado considerando “não haver motivo para justificar a ausência fora do comum do acusado no início do seu julgamento” e que a presença de Netanyahu é “importante” para “a confiança do público”.

O procurador-geral de Israel, Avichai Mandelblit, acusou Benjamin Netanyahu em novembro por suborno, fraude e abuso de confiança em três diferentes casos de corrupção. Um deles, designado “4000” ou “Bezeq”, nome de um grupo de telecomunicações israelita, é particularmente sensível para o primeiro-ministro.

Neste caso, a justiça suspeita que Netanyahu concedeu favores que terão rendido milhões de dólares ao proprietário da empresa Bezeq em troca de uma cobertura mediática favorável num dos ‘media’ do grupo, o portal de Internet Walla.

O primeiro-ministro, reconduzido no posto no domingo no governo de união com o seu ex-rival eleitoral Benny Gantz, diz-se inocente relativamente às acusações e denuncia um complô da justiça contra si.

Em Israel, o primeiro-ministro não possui imunidade judicial, mas pode continuar em funções ou formar um governo apesar de alvo de uma acusação criminal, determinou o Supremo Tribunal.

Previsto inicialmente para começar em meados de março, o julgamento de Netanyahu foi adiado para 24 de maio devido à pandemia do novo coronavírus.

Israel regista mais de 16.500 infetados, dos quais 276 morreram da covid-19. A desaceleração do número de novos casos permitiu medidas de fim do confinamento, como a reabertura das escolas e tribunais.

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