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Madeira

PSD lamenta que a República “não tenha tempo” para responder às reivindicações da Madeira

“É lamentável que a República não tenha tempo para responder aos madeirenses e porto-santenses”, afirmou hoje (dia 16 de Maio), Jaime Filipe Ramos, no fim de uma reunião que juntou representantes da Direcção do PSD/M, da Assembleia Regional e da Assembleia da República.

O líder parlamentar do PSD-M fez questão de sublinhar “a falta de sensibilidade do Estado para com a Região”, que, conforme recordou, há dois meses solicitou ao Governo da República medidas de apoio. Medidas essas que, “até hoje, não foram atendidas”, vinca.

Para o social-democrata este ‘silêncio’ da República “representa, acima de tudo, uma ofensa para o povo madeirense, mais uma vez abandonado quando mais precisava”.

Jaime Filipe Ramos fez questão de frisar que, mesmo assim e sem qualquer apoio do Estado, “o Governo Regional foi capaz de lançar 130 medidas, orçadas em 230 milhões, exclusivamente do Orçamento regional”, para responder, de imediato, às necessidades.

A falta de resposta da República que levou a que, esta semana, o PSD desse entrada, na Assembleia da República, de dois projectos de Lei que visam a suspensão da lei das Finanças Regionais e o adiamento do Programa de Ajustamento da Região.

“Precisamos de recorrer a mais fundos e a mais financiamento para lançarmos novas linhas de apoio, tanto para as famílias quanto para as empresas, e para reforçarmos outras respostas, nomeadamente fundos de emergência social e outros apoios sociais e económicos à nossa população, sendo que, sem a autorização do Governo da República, a Região não pode endividar-se – endividamento esse que poderia chegar 300 milhões de euros e que seria pago, integralmente, pela Região” – explica Jaime Filipe Ramos.

Paralelamente, acrescenta, a moratória de duas prestações do Programa de Ajustamento, no valor de 96 milhões de euros, “seria muito importante para que pudéssemos alocar essa verba às necessidades, neste momento”.

Jaime Ramos disse ainda que a postura do Governo em relação à Madeira “contrasta com a disponibilidade da República para injectar 850 milhões de euros no novo Banco, bem como em exigir solidariedade à União Europeia e não ser solidário com uma parte do seu território”.

Não obstante, reafirmou a disponibilidade do PSD para “esgotar todas as soluções, quer seja entre governos – num diálogo e acção permanentes – mas, também, no parlamento da República”.

“Ao contrário de outros Partidos, o PSD/M estará sempre nesta luta pela defesa do povo da Madeira”, atirou o líder parlamentar, afirmando não aceitar “que existam partidos que, perante uma situação desta importância, se remetem ao silêncio e à cumplicidade com Lisboa, em vez de estarem ao lado do seu povo”.

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