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Madeira

Banhistas saúdam regresso ao mar no Funchal após dois meses de confinamento

Foto Orlando Drumond
Foto Orlando Drumond

No primeiro dia de acesso às praias e complexos balneares, após dois meses de confinamento devido à pandemia da covid-19, foram poucos os banhistas que hoje de manhã se deslocaram à praia Formosa e ao Lido, no Funchal.

O dia nublado, com o sol a esgueirar-se pelas nuvens de vez em quando, poderá explicar a pouca adesão.

Para as poucas pessoas na praia Formosa (três) e no Complexo Balnear do Lido (cerca de 20), a possibilidade que agora dispõem para um banho de mar é “uma dádiva dos deuses”.

“Eu preciso de praia e sol para estar bem”, disse à Lusa Susana São Marcos, que se encontrava na praia Formosa.

Para esta jovem banhista, que segundo declara faz praia todo o ano, a possibilidade de aceder ao mar “já começa a ser um bocadinho o retomar da vida anterior”.

Confrontada se sentia falta dos cafés e bares abertos, Susana São Marcos respondeu que não.

“Único senão é o tempo estar assim”, disse, manifestando regozijo por estar estendida na praia, ainda que de calhau rolado.

Para António Rodrigues, em cavaqueira com outros amigos sentados no solário do Lido, a abertura das praias “é reconfortante”.

“O pessoal já tinha saudades”, diz, sublinhando que “toda a gente apanha sol, mas desfrutar do mar não”.

“Já estava a ficar maluco de ficar em casa de manhã à noite a olhar para um computador”, confessa, sublinhando que o mar “dá um novo ânimo ao corpo e à alma”.

Luís Carneiro, outro banhista frequente do Lido, corrobora.

“É uma sensação de alívio, de bem-estar, depois de tanto tempo confinado em casa”, afirma, reiterando também ser “uma maravilha para a alma poder mergulhar nestas águas límpidas, porque viver numa ilha rodeada de mar e não poder desfrutá-lo é uma tristeza”.

“Isto é bom para carregar baterias, as palavras são poucas para classificar esta possibilidade que temos a partir de agora”, refere Rogério Silva.

O complexo, com capacidade para mais de mil de pessoas, apresentava as espreguiçadeiras distanciadas cerca de dois metros uma das outras.

“O pessoal está a comportar-se muito bem”, adiantou um nadador-salvador do Lido.

O Governo Regional da Madeira aprovou na quinta-feira o regulamento de reabertura das praias, complexos balneares e acessos ao mar na pré-época balnear, podendo os utentes beneficiar dos mesmos a partir de hoje mediante o cumprimento de regras comuns de fruição.

A Madeira não registou na quinta-feira qualquer novo caso positivo da covid-19, o que aconteceu pelo oitavo dia consecutivo. Dos 90 doentes infetados, 59 já recuperaram.

A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 302 mil mortos e infetou mais de 4,4 milhões de pessoas em 196 países e territórios.

Mais de 1,5 milhões de doentes foram considerados curados.

Em Portugal, morreram 1.190 pessoas das 28.583 confirmadas como infetadas, e há 3.328 casos recuperados, de acordo com a Direção-Geral da Saúde.

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