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França imporá quarentena a viajantes oriundos de Espanha

Foto EPA
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A França colocará em quarentena todos os viajantes oriundos de Espanha, numa medida recíproca à aplicada pelo Governo espanhol a todos os viajantes estrangeiros, disse o palácio do Eliseu.

A Espanha está a iniciar um final de período de confinamento muito rigoroso, tendo anunciado que iria impor um período de quarentena a todos os viajantes estrangeiros que chegam ao território, para procurar conter a propagação do novo coronavírus.

Hoje, o Governo francês mostrou-se surpreendido com a decisão de Madrid e anunciou uma medida recíproca para viajantes oriundos de Espanha, impondo-lhes uma quarentena de 14 dias, a partir de sexta-feira e até 24 de maio, ficando isentos os trabalhadores transfronteiriços, camionistas e tripulações aéreas.

“A França imporá a quarentena a partir do momento em que a Espanha o faz, sob o princípio de reciprocidade”, disse a Presidência francesa, acrescentando que este tipo de restrição não era o seu desejo.

“Nós não sabíamos dessa medida de Espanha. Soubemos agora dela. Não tínhamos adotado medidas de quarentena em relação a Espanha, nem aos nossos parceiros europeus. Faremos isso apenas como medida de reciprocidade”, explicou o gabinete da Presidência.

O palácio do Eliseu recorda que, com as restrições em vigor em toda a União Europeia, “há muito pouco tráfego aéreo, poucos comboios e pouco movimento nas estradas”, entre Espanha e França, sendo a maioria trabalhadores transfronteiriços, que não serão abrangidos por esta quarentena.

A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 297 mil mortos e infetou mais de 4,3 milhões de pessoas em 196 países e territórios.

Mais de 1,5 milhões de doentes foram considerados curados.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano passou agora a ser o que tem mais casos confirmados (1,88 milhões contra 1,81 milhões no continente europeu), embora com menos mortes (113 mil contra 161 mil).

Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa 4,5 mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), paralisando setores inteiros da economia mundial, num “grande confinamento” que vários países já começaram a aliviar face à diminuição dos novos contágios.

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