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Dez detidos na Venezuela por violência que provocou 47 mortos e 67 feridos em prisão

Dez pessoas foram detidas na Venezuela pelo alegado envolvimento na violência que provocou 47 mortos e 67 feridos numa prisão do estado venezuelano de Portuguesa (a 430 quilómetros a sudoeste de Caracas, capital), em 01 de maio.

As detenções foram hoje confirmadas pelo Procurador-geral da Venezuela, Tareck William Saab, e entre os acusados encontram-se o diretor do Centro Penitenciário de Los Llanos (Cepella), onde ocorreu a tentativa de fuga dos detidos, cinco funcionários da Guarda Nacional (polícia militar) e quatro presos.

Todos os detidos são acusados de homicídio intencional em grau de cumplicidade e de homicídio intencional em grau de frustração.

O diretor da prisão e os cinco militares vão responder ainda por abuso de poder e os quatro presos por tráfico de armas de fogo.

Segundo Tareck William Saab, os presos iniciaram um protesto por irregularidades durante uma visita e, perante a falta de resposta, terão atravessado a cerca principal da cadeia.

Os funcionários, depois de realizarem diversas manobras para conter os detidos, optaram por fazer uso das armas de fogo, uma ação a que responderam os presos.

As primeiras versões do motim davam conta de que os presos tinham morrido durante uma tentativa de fuga do Centro Penitenciário de Los Llanos e que teriam atacado os oficiais da Guarda Nacional, que guardam as áreas externas do estabelecimento.

Na ocasião, a ministra do Serviço Penitenciário, Iris Varela, precisou que entre os feridos estava o diretor da prisão, Carlos Toro, que teria sido agredido “com uma arma branca” pelos detidos quando tentava com eles dialogar.

Após a agressão, os presos terão rebentado as grades de segurança para fugirem.

Segundo o diário venezuelano Últimas Notícias, tido como próximo do regime, a tenente Escarlet González Arenas foi ferida por fragmentos de uma granada.

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