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Madeira

Actividades em espaço florestal na Madeira com muita procura já desde ontem

A partir desta segunda-feira volta a ser permitido a prática de algumas actividades em espaço florestal e nas áreas protegidas

O percurso das 25 Fontes está condicionado, com obras em curso para repor a circulação e reabilitar a antiga vereda da Palha Carga. Fotos DR Ver Galeria
O percurso das 25 Fontes está condicionado, com obras em curso para repor a circulação e reabilitar a antiga vereda da Palha Carga. Fotos DR

Reabriram, hoje, vários espaços públicos em área florestal e em zonas protegidas, onde passa a ser permitida a realização de algumas actividades lúdicas, designadamente BTT, canyoninig, rapel ou asa delta. Mas já ontem era notória a maior procura dos madeirenses pelos espaços naturais.

Na lista de actividades permitidas incluem-se, também, os passeios a pé, não só nos percursos pedestres recomendados, mas também noutros locais propícios à caminhada. Abertos ao público passam a estar, também, a Quinta do Santo da Serra, o Jardim das Madalenas, o Jardim do Amparo e o Jardim de Santa Luzia. Mantêm-se, contudo, encerradas as infraestruturas de apoio aos diferentes espaços, bem assim como, as áreas de lazer e churrasqueiras localizadas em espaço florestal.

Esta reabertura, conforme o DIÁRIO noticiou ontem na sua edição em papel implica o respeitar de algumas medidas impostas no âmbito de contingência da Covid-19, nomeadamente o distanciamento obrigatório de 2 metros, a etiqueta respiratória, e, em alguns casos, a redução da capacidade para 50%.

Embora a reabertura oficial destes espaços só tenha acontecido hoje, ontem eram já muitos os madeirenses que desfrutavam de passeios e de outras actividades em meio natural, antecipando, assim, uma fuga para a natureza que há muito era desejada. No Paul da Serra, por exemplo, várias pessoas, em pequenos grupos ou de forma individualizada, faziam caminhadas, andavam de bicicleta ou, simplesmente, procuravam aproveitar o muito sol que se fez sentir ao longo de quase todo o dia. O movimento de automóveis aumentou significativamente.

Uma das zonas mais procuradas foi o Rabaçal, no concelho da Calheta. Ao início da tarde mais de uma dezena de viaturas estava estacionada no miradouro junto à estrada de acesso às levadas do Risco, das 25 Fontes, e do Alecrim, cujos percursos foram os escolhidos para uma curta caminhada.

De referir que o percurso das 25 Fonte se mantém condicionado devido a uma pequena derrocada ocorrida em Fevereiro e que destruiu parte da vereda paralela que acompanha a levada, cujos trabalhos de reposição do trilho já decorrem. A intervenção tem sido aproveitada para levar a cabo outras obras de beneficiação junto ao acesso à lagoa, trabalhos que têm tirado proveito da ausência de caminheiros nas últimas semanas. Mas este cenário deverá modificar-se a partir de agora.

Está, também, em curso, uma obra de beneficiação de um outro trilho já existente, mas que não integrava os percursos recomendados. Trata-se da vereda da Palha Carga, que, com a conclusão dos trabalhos prevista para breve, irá permitir uma a saída das 25 Fontes para a Vereda do Fanal e para a Estrada do Fanal, permitindo, desta forma, mais uma alternativa a uma aos trilhos que vinham sendo alvo de uma forte pressão humana antes da pandemia Covid-19. Têm sido construídos degraus, em pedra ou em madeira, ao longo de todo o percurso; nas zonas mais estreitas procederam ao desbaste da rocha ou ao alargado o trilho no solo. Além de um miradouro e zona de descanso, foram, também, construídos varandins nas zonas mais expostas. Esta intervenção insere-se num contrato celebrado pelo Instituto das Florestas e Conservação da Natureza em Setembro do ano passado no valor total de 673 mil euros. Ainda no que toca a intervenções, nota para a limpeza feita pela Junta de Freguesia da Boaventura em parte da Vereda do Urzal, mais precisamente entre o Lombo do Urzal e a Boca das Torrinhas.

Além do Rabaçal, a Ponta de São Lourenço foi outro dos percursos que registou alguma procura. Com a reabertura destes espaços, é natural que os madeirenses, após um longo período de confinamento, optem por fazer mais actividades em área florestal, jardins ou outras infraestruturas que habitualmente eram mais procuradas por turistas.

Relembrar que o percurso entre as Queimadas e o Caldeirão Verde se mantém condicionado. Encerrados estão os percursos do Caminho do Pináculo e Folhada, do Caminho Real do Paul do Mar e da Levada da Azenha.

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