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Agências vão emitir ‘vouchers’ para reembolso dos voos da SATA

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Os bilhetes da transportadora aérea açoriana SATA adquiridos em agências de viagens vão passar a ser reembolsados por ‘vouchers’ emitidos por aquelas empresas, de modo a conter o impacto económico da pandemia de covid-19, foi hoje anunciado.

A medida permite ao cliente trocar o valor do ‘voucher’ por outros serviços da agência de viagens durante um ano e surge após um acordo entre a transportadora açoriana (detentora da Azores Airlines, ramo que faz as ligações de e para fora da região) e a Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo (APVT).

Segundo o comunicado de imprensa divulgado pela APVT, a iniciativa surge para encontrar “soluções flexíveis para os ‘vouchers’” e para minimizar os impactos económicos da pandemia de covid-19 no setor.

“Simplificamos e flexibilizamos os processos por forma a assegurar maior autonomia e, desta forma, garantir a agilidade que o momento reclama. Deste nosso lado, enviamos o nosso contributo ativo para que, juntos, consigamos enfrentar o enorme desafio que temos pela frente”, afirma o administrador da SATA Mário Chaves, citado na nota.

A implementação desta política, sublinha, além de “dar tempo às empresas para se recomporem economicamente”, permite ao cliente ficar com o “reembolso garantido”.

Assim, um cliente que tenha adquirido um bilhete da transportadora através de uma agência de viagens poderá ser reembolsado através de um ‘voucher’ com a duração de um ano.

Este possibilita ao cliente a troca da viagem por outro serviço fornecido pela agência, ao contrário dos ‘vouchers’ habitualmente emitidos pelas companhias aéreas, que permitem o adiamento da viagem para outra altura.

O presidente da APVT, Pedro Costa Ferreira, afirma, citado no mesmo comunicado, esperar que “este acordo possa ser um exemplo para todo o mercado”, uma vez que a SATA - detido pelo Governo dos Açores - é a primeira companhia nacional a adotar a política.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 1,2 milhões de pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 70 mil.

Dos casos de infeção, mais de 240 mil são considerados curados.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

O continente europeu, com mais de 676 mil infetados e mais de 50 mil mortos, é aquele onde se regista o maior número de casos, e a Itália é o país do mundo com mais vítimas mortais, 15.887 óbitos em 128.948 casos confirmados até hoje.

Em Portugal, segundo o balanço feito hoje pela Direção-Geral da Saúde, registaram-se 311 mortes, mais 16 do que na véspera (+5,4%), e 11.730 casos de infeções confirmadas, o que representa um aumento de 452 em relação a domingo (+4%).

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