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Polícia catalã detém suspeito de assassinar vários sem-abrigo

Foto Josep LAGO / AFP
Foto Josep LAGO / AFP

A polícia da comunidade autónoma espanhola da Cataluna anunciou hoje a detenção de um homem suspeito de ter assassinado vários sem-abrigo em Barcelona durante o estado de emergência em vigor.

Os Mossos d’Esquadra (polícia regional catalã) revelaram, numa mensagem na rede social Twitter, que prenderam um homem “pelo seu alegado envolvimento numa série de mortes violentas, durante as últimas semanas, de pessoas que vivem na rua em Barcelona”.

O suspeito, sobre o qual não foram fornecidos pormenores, foi detido hoje na cidade de Sant Cugat del Vallés, nos arredores de Barcelona, algumas horas depois da notícia do assassínio de um sem-abrigo no centro da capital catalã.

“Às 23:00 [22:00 em Lisboa] foi-nos comunicado que uma pessoa tinha morrido com sinais de violência”, numa rua do centro de Barcelona, na mesma zona onde tinham sido registadas as mortes de outros sem abrigo nas semanas anteriores, disse uma porta-voz da polícia catalã, citada pela AFP.

Segundo a rádio Cadena Ser, a morte deveu-se a um violento golpe na cabeça, um método semelhante ao observado em três vítimas anteriores nas ruas da metrópole.

As descrições das testemunhas e as imagens de videovigilância tornaram possível a detenção, disse a porta-voz.

Quatro pessoas sem-abrigo morreram violentamente em Barcelona desde 19 de março, tendo três desses homicídios ocorrido na última quinzena, todos por um golpe violento na cabeça das vítimas.

A polícia suspeita que o homem detido esteja envolvido em pelo menos três dessas mortes, disse a porta-voz.

Espanha, o terceiro país com mais mortes pela pandemia da covid-19, tem as suas ruas desertas por uma série de medidas de confinamento, um dos mais rigorosos do mundo, no quadro do estado de emergência em vigor desde 15 de março último até 09 de maio próximo.

A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou perto de 211 mil mortos e infetou mais de três milhões de pessoas em 193 países e territórios.

Face a uma diminuição de novos doentes em cuidados intensivos e de contágios, alguns países começaram, entretanto, a desenvolver planos de redução do confinamento e em alguns casos, como Dinamarca, Áustria, Espanha ou Alemanha, a aliviar algumas das medidas.

Os Estados Unidos são o país com mais mortos (56.164) e mais casos de infeção confirmados (cerca de um milhão).

Seguem-se Itália (26.977 mortos, quase 200 mil casos), Espanha (23.822 mortos, perto de 211 mil casos), França (23.293 mortos, cerca de 166 mil casos) e Reino Unido (21.092 mortos, mais de 157 mil casos).

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