>
Madeira

Luís Miguel de Sousa defende pacote de competitividade fiscal

As previsões para a economia são duras, no pós-pandemia e apontam para quebras no PIB entre 7,5 e 15%. Na Madeira, a perspectiva é de 17% de desemprego, com 36 mil trabalhadores em lay-off. Um cenário que conduz a uma quebra nas receitas fiscais de 150 milhões de euros, como já contabilizou o Governo Regional. Um cenário recordado por Luís Miguel de Sousa.

O presidente do Grupo Sousa, que participa na conferência ‘Pensar o Futuro’, promovida pelo Diário, não tem dúvidas de que as perspectivas são negativas porque “a economia são as pessoas, que têm os seus rendimentos, o seu trabalho e as suas opções de consumo”.

Luís Miguel de Sousa acredita que vai haver “um empobrecimento agravado” e, na economia, o turismo vai ter uma recuperação muito lenta, porque “o mercado interno não é suficiente”.

O presidente do Grupo Sousa elogia a forma “eficaz” como o Governo Regional tem gerido a pandemia, mas diz que esse “sucesso” também pode ser uma dificuldade para abrir porque “algumas decisões serão de compromisso entre várias variáveis conflituantes”.

As linhas de financiamento, reconhece, são importantes, mas tem de haver outras medidas para enfrentar o “tsunami” provocado pela quebra no PIB que deve atingir 1.000 milhões de euros ao ano.

Para responder a esta situação, propões algumas medidas, a primeira a “eliminação do IMI durante dois ou três anos” para aliviar as despesas das famílias, mas também a suspensão da taxa social paga pelas empresas.

Luís Miguel de Sousa propõe, sobretudo, que a Madeira lance um “pacote de competitividade fiscal”, para atrair mais empresas e aproveitando o facto de que, provavelmente até 2024, “não haverá IRC” na Região, devido aos prejuízos. O objectivo é criar atractivos fiscais semelhantes aos da Holanda ou de Malta.

Fechar Menu