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C&A com plano de acção global para ajudar a superar crise no sector têxtil

A multinacional têxtil C&A anunciou hoje que aprovou um plano de ação global para ajudar os fabricantes e trabalhadores de países em desenvolvimento a superar a crise do comércio mundial causada pela pandemia da covid-19.

Com a iniciativa, a C&A junta-se a outras marcas de moda, sindicatos e organizações de empregadores para ajudar os grupos mais vulneráveis do setor, no âmbito do acordo alcançado na semana passada pela Organização Internacional do Trabalho, pela Organização Internacional de Empregadores, pela Confederação Sindical Internacional e pela IndustriALL Global Union.

O acordo apela para que as principais marcas e cadeias de moda, assim como os governos dos respetivos países, tomem medidas que protejam os rendimentos, a saúde e o emprego dos trabalhadores têxteis durante a crise da covid-19.

Em comunicado, a C&A diz que, em conjunto com outras marcas e cadeias de moda, “exige aos governos e instituições financeiras que agilizem o acesso ao crédito e ajudas económicas às empresas e trabalhadores”.

Como parte deste plano de ação, a C&A também se compromete a manter linhas de comunicação “abertas e efetivas com os sócios da cadeia de fornecimento sobre o estado das operações comerciais e o planeamento futuro de encomendas com base na evolução da crise atual”, refere.

Como consequência do encerramento temporário das suas 1.400 lojas europeias, a C&A interrompeu as suas encomendas e, desde então, tem estado a negociar com os seus mais de 300 fornecedores para tentar encontrar soluções mutuamente benéficas.

Até à data, a C&A conseguiu restaurar 93% das suas encomendas, que tinham sido interrompidas anteriormente, refere.

“Para além das medidas imediatas para fazer face aos efeitos da crise, a C&A mantém o seu compromisso com o estabelecimento e o reforço a longo prazo de sistemas sustentáveis de proteção social com o fim de alcançar um setor têxtil mais justo e sólido nos países que carecem de tais estruturas”, refere o diretor-geral de Sustentabilidade da C&A, Jeffrey Hogue citado no comunicado.

Com mais de 1.900 lojas em 21 países em todo o mundo e contando com 51.000 colaboradores, a C&A é uma empresa da COFRA Holding AG, com presença na Europa, Brasil, México e China.

A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 206 mil mortos e infetou quase três milhões de pessoas em 193 países e territórios.

Perto de 810 mil doentes foram considerados curados.

Em Portugal morreram 928 pessoas das 24.027 confirmadas como infetadas, e há 1.357 casos recuperados, de acordo com a Direção-Geral da Saúde.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa 4,5 mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), encerraram o comércio não essencial e reduziram drasticamente o tráfego aéreo, paralisando setores inteiros da economia mundial.

Face a uma diminuição de novos doentes em cuidados intensivos e de contágios, alguns países começaram, entretanto, a desenvolver planos de redução do confinamento e em alguns casos, como Dinamarca, Áustria, Espanha ou Alemanha, a aliviar algumas das medidas.

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