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Rússia admite reduzir medidas de confinamento a partir de meados de Maio

Foto EPA
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A Rússia espera reduzir as medidas de confinamento a partir de meados de maio “se tudo correr bem”, anunciou hoje Anna Popova, responsável pelos serviços de saúde do país.

Segundo a especialista, essa medida será possível a partir de 12 de maio, mas “se tudo correr bem” durante os três períodos de incubação da doença provocada pelo novo coronavírus.

Anna Popova precisou que até ao momento a Rússia superou os dois períodos de confinamento (de 14 dias cada um) e o país enfrenta a última prova, que coincide com as festas de maio.

“Nos dias festivos também teremos de ficar em casa”, disse, citada pela agência noticiosa Interfax.

A responsável considerou ser “necessário mais tempo” para quebrar a curva de contágios na Rússia, atualmente com mais de 87.000 casos confirmados.

A Rússia anunciou hoje 6.198 novos casos da covid-19 nas últimas 24 horas, com um número total de 87.147 infetados e que excede o número de pessoas infetadas na China, onde o número oficial é de 83.912, segundo a universidade norte-americana Johns Hopkins.

O Presidente russo, Vladimir Putin, impôs uma pausa laboral durante o mês de abril para conter a propagação do coronavírus no país e as autoridades de cada região impuseram distintas formas de confinamento às suas populações.

Putin deverá dirigir-se de novo ao país durante esta semana para anunciar o eventual prolongamento do regime de confinamento para além de abril.

De acordo com os peritos, será provável que o chefe de Estado russo declare uma nova pausa laboral entre 06 e 08 de maio. Esta possibilidade foi admitida pelas autoridades de Moscovo, o principal foco da infeção com mais de 45.000 casos diagnosticados, e que já solicitaram à população para permanecer em casa durante todas as festas de maio.

O confinamento pelo coronavírus obrigou previamente o líder russo a adiar o desfile militar do 09 de maio, que este ano celebrava os 75 anos da vitória soviética sobre a Alemanha nazi na Segunda Guerra Mundial.

A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou cerca de 207 mil mortos e infetou quase três milhões de pessoas em 193 países e territórios.

Perto de 810 mil doentes foram considerados curados.

Os Estados Unidos são o país com mais mortos (54.877) e mais casos de infeção confirmados (cerca de 965 mil).

Seguem-se Itália (26.977 mortos, quase 200 mil casos), Espanha (23.521 mortos, mais de 209 mil casos), França (22.856 mortos, cerca de 162 mil casos) e Reino Unido (21.092 mortos, mais de 157 mil casos).

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