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Museus Berardo, de Arte Antiga e da Gulbenkian abertos nas plataformas digitais

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O Museu Berardo, o Museu Nacional de Arte Antiga e os museus Gulbenkian são alguns dos espaços museológicos de Lisboa que estão a reforçar os seus conteúdos em plataforma digitais para se manterem visitáveis, mesmo encerrados.

Desde os ‘sites’ próprios às redes sociais como o Facebook, o Instagram e Twitter, e também no Youtube, a presença dos museus em plataformas digitais tem vindo a crescer para manter a ligação e o interesse do público, depois de terem encerrado, desde meados de março, devido à pandemia convid-19.

Contactada pela agência Lusa, fonte da comunicação do Museu Coleção Berardo indicou que a programação foi adiada um trimestre, e é nessa base que está a trabalhar nas futuras exposições, enquanto “os empréstimos de obras foram suspensos, mas continuam a ser negociados”.

A atividade do serviço educativo continua ‘online’ para crianças, jovens, adultos e famílias, e tem sido mantida a atividade com várias escolas, públicas e privadas, com quem desenvolvem projetos continuados ao longo do ano letivo, agora através de correio eletrónico, envolvendo alunos, professores e famílias.

Para adultos, o museu vai lançar conteúdos ‘online’, com escolhas dos críticos, visitas e conversas por artistas e curadores, conferências realizadas no âmbito de várias exposições, e está a preparar um curso de história de arte moderna e contemporânea, bem como o convite a vários artistas portugueses, presentes na Coleção Berardo, para falarem sobre as suas obras.

O museu indica que já registou um crescimento de 118% na duração da visita ‘online’, e de 22%, no número de páginas visualizadas por visita.

Além das visitas ‘online’, as obras da coleção serão recordadas, a partir do arquivo, assim como as exposições que estiveram patentes em anos anteriores, e as atuais, nomeadamente a dedicada ao artista britânico Julian Opie, que teve ‘abertura virtual’, na ‘net’, e ainda não foi visitada pelo público.

Por sua vez, o Museu Nacional de Arte Antiga (MNAA) também reforçou os seus conteúdos virtuais na rede social Facebook, com um conjunto de vídeos sob o mote “A arte é uma ponte que nos une”, que apresenta várias peças da coleção do museu, comentadas pela direção ou por conservadores da instituição.

Da pintura à escultura, passando pela cerâmica e ourivesaria, “as artes podem trazer sentido às pequenas coisas dos nossos dias de grandes provações. Ou até reformular a forma como as sentimos nos dias das pequenas (grandes) coisas”, refere o museu, num texto sobre os vídeos dedicados a diversas obras, que já receberam entre algumas centenas visualizações, como os mais recentes, em que se incluem os dedicados ao Leão Ptolemaico e ao “Torso Gulbenkian”, em linha há menos de 24 horas, ou o dedicado a “O Inferno”, de mestre português desconhecido do século XVI que, em poucos dias, ultrapassou as 9.000 visualizações.

Na mesma linha, a partir de hoje, o MNAA vai disponibilizar no sítio do museu, um conjunto de seis publicações, na sua versão integral, composto pelos catálogos de algumas das exposições que estiveram patentes na Sala do Tecto Pintado, e que documentam num formato expositivo, as investigações realizadas a algumas peças do acervo.

A publicação dos catálogos será gradual, um catálogo por semana, sempre à terça-feira, segundo o museu.

Também a Fundação Calouste Gulbenkian anunciou o reforço dos conteúdos ‘online’ dos seus museus que acolhem a coleção de arte moderna e contemporânea e a coleção do fundador.

Além da visita virtual aos museus, estão ainda disponíveis os conteúdos “Arte num minuto” e “Uma coleção com histórias”, conteúdos nas redes sociais, e apresentações dos curadores sobre curiosidades de obras escolhidas.

As coleções de arte da Gulbenkian, do MNAA e do Museu Berardo são também visitáveis através da plataforma Google Arts & Culture, que possui ainda seleção de obras-primas das coleções das diferentes instituições, como os Painéis de São Vicente e os Biombos Namban, no caso do MNAA, a coleção do fundador e do pintor Amadeo Souza-Cardoso, no caso da Gulbenkian.

Ainda nos museus tutelados pela Direção-Geral do Património, em Lisboa, o Museu Nacional do Azulejo, um dos mais visitados do país, sobretudo por estrangeiros, tem igualmente ao dispor do público visitas virtuais aos espaços do antigo Convento da Madre de Deus e às coleções de azulejaria.

O sítio ‘online’ do museu - que celebra em 2020 o seu 40.º aniversário - dá informações sobre a história da azulejaria portuguesa desde o século XVI até à atualidade, sobre inventariação e conservação.

Na plataforma Google Arts & Culture, entre outras funcionalidades, é ainda possível fazer uma visitas virtuais, parciais ou por inteiro, a museus e monumentos como o Panteão Nacional, os mosteiros dos Jerónimos, de Alcobaça e da Batalha, ao Convento de Cristo e aos palácios de Mafra e da Ajuda, à Torre de Belém, aos museus nacionais dos Coches, da Música, de Etnologia, do Traje, do Teatro e da Dança, ao Museu Monográfico de Conímbriga e ao Machado de Castro, ao museu Grão Vasco, ao museu de Arte Contemporânea e à Casa-Museu Anastácio Gonçalves, entre outras instituições.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já provocou mais de 120 mil mortos e infetou mais de 1,9 milhões de pessoas em 193 países e territórios.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

Em Portugal, segundo o balanço feito hoje pela Direção-Geral da Saúde, registam-se 567 mortos, mais 32 do que na segunda-feira (+6,%), e 17.448 casos de infeção confirmados, o que representa um aumento de 514 (+3%).

Portugal, onde os primeiros casos confirmados foram registados no dia 02 de março, encontra-se em estado de emergência desde de 19 de março e até ao final do dia 17 de abril.

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