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Valor médio das compras ‘online’ sobe 6% desde registo do primeiro caso

Foto Leonel de Castro/Global Imagens
Foto Leonel de Castro/Global Imagens

O montante médio das compras no comércio ‘online’ aumentou 6% desde o registo do primeiro caso de covid-19 em Portugal, para 39,7 euros, divulgou hoje a SIBS, entidade gestora do sistema de cartões de débito e da rede Multibanco.

“Embora se tenha verificado uma redução, as compras ‘online’ têm ganhado um peso crescente no total das compras efetuadas ao longo das últimas semanas, registando uma quebra menos significativa relativamente ao panorama global do consumo em Portugal”, refere a SIBS, que divulga um conjunto de indicadores sobre a evolução do consumo em março na sequência do impacto do novo coronavírus.

No que se refere ao montante médio das compras no comércio ‘online’, a SIBS refere que este “passou de uma média de 37,5 euros por compra, antes do registo do primeiro caso, para os atuais 39,7 euros por compra na semana de 23 a 30 de março, um aumento de 6%”.

Ainda no comércio eletrónico, o sistema MB WAY “tem vindo a conquistar a preferência dos portugueses”, sendo que “na última semana, de 23 a 30 de março, verificou-se um aumento de 20 pontos face à semana anterior, confirmando o reforço da posição do MB WAY no total de compras ‘online’ realizadas”, refere a SIBS.

Entre 23 e 30 de março, “verificou-se uma redução no número de compras ‘online’, que diminuiu 30 pontos face à média registada antes da confirmação do primeiro caso de Covid-19 registado em Portugal”.

Este valor “compara com o acentuar da quebra do número de transações presenciais em loja, que registou esta semana uma quebra de 56 pontos base no número de compras totais em comparação com o registo médio anterior ao início da propagação do novo coronavírus em Portugal”.

Devido ao estado de emergência, uma grande parte dos portugueses estão nas suas casas.

O valor médio das compras em loja nesta última semana foi de 38,8 euros, 12% acima do valor médio antes da pandemia.

“Olhando exclusivamente para as compras realizadas através de MB WAY, a redução é menos significativa tanto no comércio físico como no ‘online’”, refere a SIBS, empresa responsável pela gestão das Redes ATM Express e Multibanco nos seus múltiplos canais -- desde os Caixas Automáticos e Terminais de Pagamento Automático, aos meios ‘online’ ou telemóveis.

“Nas compras físicas a quebra foi de apenas 22 pontos face à média dos primeiros meses do ano, o que significa que o MB WAY tem continuado a mostrar ser o método de pagamento preferencial neste contexto de crise pandémica, pela sua conveniência nas compras, uma vez que permite que todos os pagamentos em loja sejam efetuados ‘sem contacto’ com o terminal de pagamento, qualquer que seja o montante, cumprindo as recomendações das autoridades de saúde”.

Nas transações ‘online’, “a quebra foi de apenas 14 pontos face à média dos primeiros meses do ano, o que representa também uma preferência crescente dos comerciantes e dos portugueses em geral pelo MB WAY, dado tratar-se de uma das formas mais seguras e convenientes de pagamento”, refere a gestora de cartões de débito.

“Tal como nas semanas anteriores, reforça-se a tendência de uma concentração de compras físicas em super e hipermercados e farmácias e parafarmácias, setores que continuam a representar mais de metade (58%) das compras efetuadas em Portugal na última semana”, refere.

Além disso, “em virtude do atual contexto, que tem originado o regresso de muitos portugueses ao país, verifica-se uma tendência de redução de compras efetuadas” no estrangeiro, “que em quatro semanas se reduziram a menos de um terço do valor, face à média registada antes da confirmação do primeiro caso de covid-19 registado em Portugal”.

O valor de compras de estrangeiros em Portugal “teve uma fortíssima redução de 85 pontos face à média inicial”.

Portugal regista hoje 160 mortes associadas à covid-19, mais 20 do que na segunda-feira, e 7.443 infetados (mais 1.035), segundo o boletim epidemiológico divulgado pela Direção-Geral da Saúde (DGS).

Portugal, onde os primeiros casos confirmados foram registados no dia 02 de março, encontra-se em estado de emergência desde as 00:00 de 19 de março e até às 23:59 de 02 de abril.

Além disso, o Governo declarou no dia 17 o estado de calamidade pública para o concelho de Ovar.

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