Os estivadores emitiram um pré-aviso de greve para os portos de Lisboa e Setúbal, a partir das 08 horas, do dia 14 de Abril, até às 08 horas do dia 1 de Junho.

No Porto de Lisboa, a greve aplicar-se-á em todas as operações realizadas, seja qual for o período de trabalho, normal ou suplementar para a execução das quais das as entidades empregadoras ou utilizadores de mão-de-obra portuária contratem ou coloquem trabalhadores estranhos à profissão e que não integrassem o contingente efectivo e eventual à data de 04 de Fevereiro de 2020.

No Porto de Setúbal, a greve restringir-se-á à abstenção da prestação do trabalho incidente sobre navios ou cargas que, neste contexto de greve, sejam ou tenham sido desviados do porto de Lisboa para este porto desde o dia 4 de Fevereiro de 2020 até ao limite final fixado neste aviso prévio de greve, definindo-se como navios ou cargas desviados do porto de Lisboa todos aqueles que, nos 60 dias anteriores à data referida, tenham sido operados ou movimentados neste porto e não no porto de Setúbal. Ou que, no contexto e período da greve agora declarada , desde o dia 4 de Fevereiro de 2020 até ao seu final, tinha sido operados ou movimentados, como navios ou cargas desviadas em qualquer porto nacional.

Segundo o Sindicato Nacional dos Estivadores, Trabalhadores do Tráfego, Conferentes Marítimos e Outros, apesar de serem vários os fundamentos para a greve, todos eles têm como elemento essencial “o comportamento do grupo Yilport e do seu administrador, Diogo Vaz Marecos” que, segundo avança, “têm tido condutas deploráveis para com os trabalhadores portuários”.