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Quinta do Lorde

Miguel Albuquerque fez tudo. Encerrou as escolas, a restauração, os espaços de diversão. Demonstrou a noção do real perigo que aí se avizinhava e que está já a assolar Portugal Continental. Pediu para fechar o aeroporto da Madeira e, na ausência de resposta perante a ignorância do Governo Central, declarou quarentena obrigatória para todos os passageiros que chegassem à Madeira. Mais: dias depois, para garantir o seu cumprimento, ordenou que todos se instalassem na Quinta do Lorde. Medidas excepcionais, carregadas de responsabilidade e capacidade de liderança. Contudo, há algo que começa a falhar. Aparentemente, os passageiros apenas ficam na Quinta do Lorde por um curto período temporal, até terem um resultado negativo. Um resultado de um teste, cuja sensibilidade ronda os 70%. Um resultado negativo que não demonstra absolutamente nada. Um resultado que apenas ilude os passageiros, podendo fazê-los pensar erradamente que não estão infetados. Meus caros, as pessoas que vão para a Quinta do Lorde não esperam ir para a piscina ou estender-se a apanhar sol. Ficam num quarto a cumprir quarentena. É urgente manter os passageiros lá durante os 14 dias. Não existe nenhuma forma de disseminar o SARS-Cov2 se conseguirmos garantir a 100% que todos os que chegam à ilha cumprem a quarentena obrigatória na Quinta do Lorde durante 14 dias. Mas há mil e uma formas de disseminação se apenas UM passageiro não o fizer. Por favor, vamos poupar vidas.

M.P.

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