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Madeira

Casal madeirense retido em Inglaterra já perdeu 400 euros em viagens canceladas por companhias aéreas

Terão de marcar um terceiro voo, desta vez para Portugal continental, e só depois poderão voltar à Madeira

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Um casal de madeirenses, mais especificamente naturais do concelho de Câmara de Lobos, foram visitar familiares ao Reino Unido, à cidade de Eastbourne, mas nada faria prever que, fruto do inesperado cancelamento de deslocações aéreas para o arquipélago, ficariam “desamparados” e perderiam perto de 400 euros em duas viagens a serem operadas pela easyJet e TuiFly.

O caso afecta directamente a câmara-lobense Maria Freitas, de 39 anos, que viajou até terras de Sua Majestade, na companhia do seu marido, no dia 9 de Março, para se reencontrarem com a filha, emigrante. A estadia prevista era de uma semana e a visita - que tinha tudo para ser pacífica -, afinal tornou-se num pesadelo, tudo porque a viagem de regresso à ilha foi cancelada. A operação estava agendada para o dia 17 de Março, data em que precisamente a easyJet anunciou que os voos para a Madeira estariam suspensos até 1 de Abril.

Segundo a madeirense, a easyJet adiou o voo com destino à Madeira para o dia 18 e depois “acabou por cancelar a viagem”, tendo encetado contactos com a companhia britânica, que “não resolveu o problema”. Com cinco filhos menores na Madeira à guarda da irmã e um pai idoso “para cuidar”, Maria Freitas conseguiu marcar outra passagem, para o dia 30 de Março, na TuiFly, mas a viagem foi novamente cancelada, à semelhança da anterior. Resultado: “400 euros perdidos” na soma das duas reservas.

A família, aqui na Madeira “está desesperada” e o casal também, visto que não sabem quando se irão reencontrar. “Estou presa aqui em Inglaterra. Se conseguissem nos ajudar de alguma forma agradecia imenso para este caso chegar às mãos do Governo Regional”, pede Maria Freitas, que já contactou com “diversas companhias” e até com “o Aeroporto Internacional da Madeira”, mas “ninguém consegue ajudar”. E há “pelo menos mais duas pessoas na mesma situação que nós, aqui em Inglaterra, e que até já passaram noites no aeroporto”, atira.

Sobre o período de quarentena que terá de atravessar após uma hipotética chegada à ilha, na Quinta do Lorde, explicam que “o mais importante é regressar”, mesmo que nas primeiras duas semanas estejam ‘longe’ dos familiares.

Madeirenses com bom comportamento em Eastbourne

Instados a adiantar que comportamentos a comunidade madeirense tem tido, em Eastbourne, Sul de Inglaterra, o casal avança que já se notam as medidas do governo britânico no apelo à quarentena, com muitos dos emigrantes a encerrarem os seus espaços. Já o mesmo não se poderá dizer dos ingleses.

“Os ingleses não estão a respeitar a quarentena. Este fim-de-semana foram todos passear à beira-mar. Pelo contrário, os madeirenses estão a respeitar as indicações”, explicam.

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