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Exército norte-americano considera ataques no Iraque “um sucesso”

Foto EPA
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O exército norte-americano considerou hoje “um sucesso” os seus ataques aéreos noturnos no Iraque contra uma milícia pró-iraniana, anunciando manter dois porta-aviões na região para responder à ameaça colocada pelo Irão, que continua “muito elevada”.

“Consideramos que foi um sucesso em todos os locais e estamos muito satisfeitos com o nível de danos que conseguimos causar”, declarou o chefe do comando central do exército norte-americano, que abrange nomeadamente o Médio Oriente e a Ásia Central.

O exército norte-americano atingiu cinco posições próximas de Bagdad das Brigadas do Hezbollah, uma milícia pró-iraniana com elementos que estão integrados no exército iraquiano, em represália pela morte de dois militares norte-americanos num ataque com “rockets” na quarta-feira a uma base da coligação internacional dirigida pelos Estados Unidos.

Os bombardeamentos foram realizados por aviões de combate -- e não drones (aviões não tripulados) -- equipados com armamento “calibrado com precisão” para infligir um mínimo de danos colaterais, precisou o general Kenneth McKenzie num contacto com a imprensa no Pentágono.

“Ainda não tenho números (...) mas pensamos que os danos colaterais serão muito limitados”, adiantou.

Segundo um comunicado do exército iraquiano, três militares e dois polícias foram mortos em bombardeamentos durante a noite sobre posições no sul do Iraque, assim como um civil que trabalhava na zona de construção do aeroporto de Karbala, no sul de Bagdad.

“Quero reafirmar que estes ataques defensivos visavam destruir armas convencionais sofisticadas fornecidas pelo Irão e que os Estados Unidos agiram em autodefesa, em resposta a um ataque direto e deliberado contra uma base iraquiana com forças da coligação”, sublinhou o general McKenzie.

A ameaça colocada pelo regime iraniano “continua muito elevada”, adiantou.

“Não penso que as tensões se tenham acalmado” desde a morte no início de janeiro do influente general iraniano Qassem Soleimani, num ataque norte-americano em Bagdad, disse ainda.

O chefe do Centcom indicou ter pedido e obtido do ministro da Defesa, Mark Esper, a permissão para manter na região dois porta-aviões, pela primeira vez desde 2012.

“Temos a flexibilidade, a capacidade e a vontade de responder a qualquer ameaça”, disse.

O Irão advertiu hoje o presidente norte-americano contra qualquer “ação perigosa” e o governo iraquiano considerou uma violação da sua soberania os ataques norte-americanos de represália no Iraque, que mataram cinco membros das forças iraquianas e um civil.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros iraquiano convocou hoje os embaixadores dos Estados Unidos e do Reino Unido devido aos ataques.

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