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Santuário de Fátima transmite missas e terço pela Internet

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O Santuário de Fátima anunciou hoje que vai continuar a assegurar a transmissão em direto, através da Internet, de quatro celebrações diárias, de segunda a domingo, todas à porta fechada.

Esta decisão foi tomada depois de ter sido anunciada a suspensão de todas as celebrações litúrgicas com presença de público a partir de sábado, seguindo as orientações da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), como contributo para travar a pandemia de Covid-19.

Assim, as celebrações, que decorrerão na Basílica de Nossa Senhora do Rosário de Fátima, serão duas missas - às 11:00 e às 19:15 -, mantendo-se os dois momentos do Terço, a oração mais emblemática na Cova da Iria, às 18:30 e 21:30, também em celebração fechada, a partir daquela Basílica.

“Reconhecendo que o isolamento social é uma das principais formas de prevenir o contágio, e acatando as determinações da Conferência Episcopal Portuguesa de suspender em todo o país as celebrações litúrgicas comunitárias (missas e procissões, por exemplo), o Santuário de Fátima pretende, através desta iniciativa, mitigar esse isolamento levando até às pessoas que se encontram em casa o conforto deste colo materno que aqui encontram quando se deslocam ao Santuário em peregrinação”, justificaram os responsáveis pelo templo mariano em nota hoje divulgada.

Além da suspensão de todas as celebrações comunitárias - oficiais ou privadas -, o Santuário de Fátima decidiu encerrar todos os seus espaços litúrgicos, expositivos e museológicos, mantendo-se apenas abertas as Capelas da Reconciliação e do Santíssimo Sacramento, no piso inferior da Basílica da Santíssima Trindade, e a Capelinha das Aparições.

Estão também suspensas ou foram canceladas todas as atividades culturais e pastorais promovidas pelo Santuário, como retiros, até à Páscoa.

O novo coronavírus responsável pela Covid-19 foi detetado em dezembro, na China, e já provocou mais de 5.300 mortos em todo o mundo, levando a Organização Mundial de Saúde (OMS) a declarar a doença como pandemia.

O número de infetados ultrapassou as 140 mil pessoas, com casos registados em mais de 120 países e territórios, incluindo Portugal, que tem 112 casos confirmados.

A OMS declarou hoje que o epicentro da pandemia provocada pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2) se deslocou da China para Europa, onde se situa o segundo caso mais grave, o da Itália, que anunciou 250 novas mortes, um recorde em 24 horas, e que regista 1.266 vítimas fatais.

O número de infetados em Itália, onde foi decretada quarentena em todas as regiões, é agora superior a 17.600, cerca de 2.500 mais do que na quinta-feira e praticamente metade dos quase 35 mil casos confirmados na Europa, onde se registaram perto de 1.500 mortos.

Até à meia-noite de quinta-feira (16:00 horas em Lisboa), o número de mortos na China continental, que exclui Macau e Hong Kong, subiu para 3.176, após terem sido contabilizadas mais sete vítimas fatais. No total, o país soma 80.813 infetados.

A Comissão Nacional de Saúde informou que até à data 64.111 pessoas receberam alta após terem superado a doença.

Face ao avanço da pandemia, vários países têm adotado medidas excecionais, incluindo o regime de quarentena inicialmente decretado pela China na zona do surto.

Em Portugal, a Direção-Geral da Saúde (DGS) atualizou hoje o número de infetados, que registou o maior aumento num dia (34), ao passar de 78 para 112, dos quais 107 estão internados.

A região Norte continua a ter o maior número de casos confirmados (53), seguida da Grande Lisboa, cujo registo duplicou para 46, enquanto as regiões Centro e do Algarve têm cada uma seis casos confirmados. Além destas há um caso assinalado pela DGS no estrangeiro.

O boletim epidemiológico assinala também que, desde o início da epidemia, a DGS registou 1.308 casos suspeitos (mais de o dobro em relação a quinta-feira) e mantém 5.674 contactos em vigilância.

Na quinta-feira, o Governo anunciou que as escolas de todos os graus de ensino vão suspender todas as atividades letivas presenciais a partir de segunda-feira, devido ao surto de Covid-19.

Várias universidades e outras escolas já tinham decidido suspender as atividades letivas.

O Governo decidiu também declarar o estado de alerta em todo o país, colocando os meios de proteção civil e as forças e serviços de segurança em prontidão.

A restrição de funcionamento de discotecas e similares, a proibição do desembarque de passageiros de navios de cruzeiro, exceto dos residentes em Portugal, a suspensão de visitas a lares em todo o território nacional e o estabelecimento de limitações de frequência nos centros comerciais e supermercados para assegurar possibilidade de manter distância de segurança foram outras das medidas aprovadas.

Já tinham sido tomadas outras medidas em Portugal para conter a pandemia, como a suspensão das ligações aéreas com a Itália.

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