Madeira

Jovem madeirense com doença rara relatou drama no 'Dia de Cristina'

Leonor Camacho sofre de alopecia e começou a perder cabelo aos 15 anos

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Leonor Camacho, madeirense de 19 anos, foi esta manhã ao 'Dia de Cristina', na TVI, falar sobre a doença rara que abalou a sua vida em tenra idade. A jovem sofre de alopecia, doença que causa perda de cabelos do couro cabeludo, e foi entrevistada por Cristina Ferreira.

Diagnosticada com a patologia aos 15 anos, ou seja, em 2016, Leonor Camacho começou por referir que tudo começou com duas pequenas peladas, na parte de trás da cabeça.

"Durou cerca de um ano, porque em 2017 foi realmente quando notei que começou a me cair imenso cabelo, a dormir ou a pentear. Depois, ao longo do tempo já não houve retorno. Comecei a tapar e a esconder com bonés e gorros. A alopecia é má em qualquer uma das idades, mas na adolescência é uma fase em que nós precisamos muito de conhecer novas pessoas e ter outras experiências. Foi muito difícil de superar até que o Matias, o meu namorado, deu a ideia de raparmos o cabelo juntos e quando me vi ao espelho foi um alívio total, porque eu já não escondia e não tinha que sentir-me feia, porque tinha pedaços de cabelo, não tinha cabelo. Foi um alívio enorme", relatou.

Assumindo que “foi difícil” sair à rua, porque “estamos constantemente a ver pessoas com cabelo”, Leonor diz que hoje tenta não se lembrar da doença rara e que se olha ao espelho a dizer que é bonita e que de certa forma também é única. “Assim consigo superar”, mencionou.

Há quem diga que tenho muito estilo, porque de certa forma tenho um ar diferente de toda a gente. Acho que mudei muito a nível psicológico, mas também a nível exterior consegui deitar cá para fora a minha essência, porque sou diferente e tenho de aceitar. Leonor Camacho

Na primeira vez que foi ao médico e lhe disseram que a doença que tinha era rara, a madeirense foi para casa pesquisar o que era a alopecia e começou a ver testemunhos. "Infelizmente, é uma doença praticamente impossível de ter um progresso eficaz e permanente", confidenciou.

"Quando acordava a almofada ficava cheia de cabelo, tomava banho e ficava cheia de cabelos nas mãos e essa sensação é terrível para qualquer um, mas para uma mulher, muitas vezes, as pessoas olham e pensam na sua elegância. A mulher é muitas vezes elegante por causa do cabelo", contou ainda.

Em jeito de brincadeira, a jovem ainda disse que agora não precisa de comprar shampoo, nem de se pentear, rematando a entrevista com um "sinto-me solta" e incentivando outros jovens, que padecem da mesma doença, a procurarem pela sua auto-estima. "Se eu consigo os outros também conseguem", atirou.

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