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União Europeia recusa enviar missão de observação às eleições na Venezuela

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A Comissão Europeia anunciou hoje que não vai enviar uma missão de observação às eleições legislativas na Venezuela, marcadas para a 06 de dezembro, após a recusa do Governo de Caracas em adiar o sufrágio.

Em sessão plenária em Bruxelas, o Alto Representante da União Europeia para os Negócios Estrangeiros, Josep Borrell, anunciou que "o adiamento das eleições era uma condição indispensável para que se pudesse levar a cabo uma missão eleitoral".

"A recusa em adiar as eleições fecha, obviamente, qualquer possibilidade de manter o diálogo aberto" sobre o envio de uma missão eleitoral, salientou Borrell.

Perante a recusa do Governo de Nicolas Maduro em adiar as eleições, Alto Representante da União Europeia para os Negócios Estrangeiros anunciou também que, assim que o resultado das eleições legislativas for anunciado, "a UE deixará de reconhecer qualquer instituição política na Venezuela, incluindo a Assembleia Nacional e a Corte Suprema".

O anúncio surge após o envio, em setembro, de uma missão do Serviço Europeu para a Ação Externa (SEAE) a Caracas, encarregado de negociar, com figuras do regime e líderes da oposição, um adiamento de seis meses das eleições legislativas.

Perante a crítica de vários eurodeputados relativamente ao envio da missão do SEAE, que qualificaram de "clandestina", Borrell respondeu que "não aceita lições sobre a maneira como deve levar a cabo a sua tarefa de Alto Representante".

"Não tivemos sucesso, mas acho que era necessário tentar encontrar uma via de aproximação, que é a única maneira de resolver a situação da Venezuela: fomentar e propiciar o diálogo político", sublinhou Josep Borrell.

Salientando que a Comissão Europeia continuará a "apoiar todos os esforços em prol de uma saída política, pacífica e democrática que o povo venezuelano atravessa", Borrell sublinhou também que "o diálogo político será, no final de contas, a única solução para a Venezuela".

A União Europeia (UE) recusa-se a reconhecer a legitimidade do Presidente venezuelano Nicolás Maduro, apoiando o presidente da Assembleia Nacional, Juan Guaidó.

As eleições legislativas irão renovar o Parlamento venezuelano, presidido até agora por Juan Guaidó, num processo que Borrell diz não reunir as condições necessárias para ser "credível".

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